Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou
meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô
trabaio
Oi lá
Venho da cidade e já venho
cantando
Trago um garrafão que venho
chupando
Venho pros caminho, venho
trupicando, xifrando os barranco, venho cambetiando
E no lugar que eu caio já
fico roncando
Oi lá
O marido me disse, ele me
falo: "largue de bebê, peço por favô"
Prosa de homem nunca dei
valô
Bebo com o sor quente pra
esfriar o calô
E bebo de noite é prá fazê
suadô
Oi lá
Cada vez que eu caio, caio
deferente
Meaço pá trás e caio pá
frente, caio devagar, caio de repente, vô de corrupio, vô deretamente
Mas sendo de pinga, eu caio
contente
Oi lá
Pego o garrafão e já
balanceio que é pá mor de vê se tá mesmo cheio
Não bebo de vez porque acho
feio
No primeiro gorpe chego inté
no meio
No segundo trago é que eu
desvazeio
Oi lá
Eu bebo da pinga porque
gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da
amarela
Bebo nos copo, bebo na
tijela
E bebo temperada com cravo e
canela
Seja quarqué tempo, vai
pinga na guela
Oi lá
Ê marvada pinga!
Eu fui numa festa no Rio
Tietê
Eu lá fui chegando no
amanhecê
Já me dero pinga pra mim
bebê
Já me dero pinga pra mim
bebê e tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei
mamada
Eu cai no chão e fiquei
deitada
Ai eu fui prá casa de braço
dado
Ai de braço dado, ai com
dois sordado
Ai muito obrigado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário